(SONS)

terça-feira, 3 de julho de 2012

Pináculo da tentação


Desço da estátua de sabão que me penduro
e visito as vilas de casas ao pé da montanha.
Vejo e desdenho o não profundo, o raso
e talvez erro supondo que naquelas casas não morem pessoas:
             simplesmente pessoas complexas
             dentro da simplicidade de ser complexo.
           
             Renovo forças, desdesço minha montanha
             e volto para minha estátua procurando me pendurar
 onde consiga enxergar melhor as constelações de casas.

E daqui, brancas constelações em luzes negras
dançam com seus pares listrados como rastros de cometas
sem ir. Vindo aqui, entrando ali, voltando
                                          como quem quer não deixar rastros.
                         
Olhando isso tudo o papel se tornou menos raso.
              Rasa é a profundidade que esses olhos feitos de altura e distancia
              não conseguem enxergar.



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