terça-feira, 20 de dezembro de 2011
A vida no centro da questão
Foi em uma outra vida
que vivi por uma vida inteira
e considero chorada a mágoa da vida de ontem.
Mesmo nublado e não amanhecido,
com esses carros, barracos, pontes,
mercados e pessoas por amanhecer.
Mesmo com o apitar dos ônibus
numa sinfonia urbana, caótica.
Mesmo a vida
escapando pelos escapamentos,
e os bares tocando escapismo
a um real.
Vejo que a vida,
análoga a morte,
espera como a consoante após uma vogal,
espera em um segundo plano
dentro dos olhos de quem vê a fumaça
de teu cigarro sair da boca,
e tomar o espaço
nessa redoma do tamanho de mim.
A vida cai no asfalto
como quem não vive,
espera o socorro como quem se
arrepende, mente como quem não
sabe o que diz, fere como quem
protege a si.
A vida é sim.
A vida é não.
Acima de tudo não,
abaixo de tudo sim.
Vida!
Vida...
E vida.
Dias,
mais dias,
menos vida
menos dias
e o não vem.
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Vida. Descrita de forma inedita e poética. Maravilhoso! Adorei (:
ResponderExcluirValeu Jeff!
Beijão,
Fallen Angel
drl-life-essence.blogspot.com