(SONS)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Infância da manhã


Da minha janela consigo ver Petrópolis.
Vejo suas montanhas verdes claras e escuras
em contraste com o céu azul dos dias amarelos.
          Essas manhãs acordam como nos discos de Nick Drake:
felizes, tristes... abrindo a janela em um dia que faz sol
                                            para aproveitar a luz que entra.

               Apesar da noite complicada que foi e sempre vai ser,
                                           apesar do pesar da noite não dormida,
                            ao menos um dia no ano eis a manhã na sua infância.
                                         O dia agora se vai todo entre os lençóis.
          Mas eu, nem nenhum Drake no mundo vai se importar.
          O importante é a manhã.

2 comentários:

  1. O amanhã sempre espera além das montanhas. Parabéns.

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  2. Oi Jefferson!

    Gostei muito do poema!
    Fazia tempo que não lia os seus poemas. No entanto, continua escrevendo muito bem! Você tem uma peculiaridade de escrever que é única!

    Esse trecho me chamou atenção: " ... apesar do pesar da noite não dormida, ao menos um dia no ano eis a manhã na sua infância."

    Nos remete a momentos passados, distantes ou não... Sentimentos nostálgicos... Um olhar cândido...

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