Revendo papéis antigos noto a inconstância de talento.
Eu sou como a sujeira do telhado que a chuva de fim de tarde
não limpa. Demoram-se suspiros o pular de cada frase
e pontos de cada síncope depressiva.
Nenhuma nota soa sonante no violão,
nenhuma palavra escreve o que eu quero dizer. O jeito é sair!
Aqui fora reencontro os meus amigos,
o vento que balança os dias mal vividos e as ruas largas
e sem rumo molhadas pela saliva das nuvens.
Me vejo pequena sombra expectadora do entardecer,
sofrendo a dor da ilusão de dor. Afinal, sair não me valeu!
Me acompanha ainda alguma palavra que não escreve
o que quero dizer. O jeito é sair de mim!
Bah,agora tu pegastes pesado comigo.
ResponderExcluirÉ bem assim...
adorei as ruas molhadas com a saliva das nuvens...chuva de verão.Isso é poetizar!!! Parabéns man!!