(SONS)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Setembro de 1881 (Nª1)


Setembro de 1881. era frio.
minhas mãos estavam congeladas
no ostracismo.
exalava de mim a angustia dos velhos tempos de escola:
o desprezo de todos
corroendo como a inocência
dos meus olhos negros e cabisbaixos.
eu gritava como um louco pelas linhas tortas
perdidas pelos caminhos que passei.
-todo o meu caminhar foi em vão...
estava ao longe, bem longe de mim,
longe de todos.
não caminhava mais, nem via as paisagens
passarem levemente por minha janela.
estava morto e minha alma vagava por aí
entre os ventos que me sopravam.
eu era uma folha ao vento
esperando para cair em algum quintal.

5 comentários:

  1. bem...
    primeiro devo explicar essa serie de poemas que estou postando agora:
    na verdade a expiração e o propósito deles são meio confusos pra mim.
    é meio difícil tentar explicar como e por que escrevi esses poemas, eu apenas escrevi.
    fui seguindo o impulso de escrever e pronto.
    eu acabei escrevendo sobre coisas que desconheço totalmente.
    até depois pesquisei algumas coisas e elas bateram;
    é estranho...
    eu realmente não acredito muito em textos psicografados e essas coisas...
    especialmente escritos por mim ;p

    a inspiração pra escrever esses poemas
    veio de uma simples data(Setembro de 1881). eu tava lendo uma biografia de Rimbaud,
    então no meio de texto essa data me chamou muito atenção.
    então a anotei só por anotar mesmo;
    passaram-se dias
    então eu por coincidência olhei pra essa data novamente e comecei a escrever.
    essa foi a inspiração e se alguém quiser me internar num sanatório essa é a hora kkkk

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  2. Parabéns amigo, sua poesia é muito boa e o comentário também.

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  3. Parabéns amigo, sua poesia é muito boa e o comentário também.Arnoldo Pimentel

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  4. dá até para nos deslocarmos para 1881... dá para sentir perfeitamente as imagens que vc imprimiu em seu poema... lindo, sóbrio, profundo... Parabéns!

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  5. Tudo tem um propósito... uma razão de ser.
    Até os impulsos, meu caro!
    Tenha certeza que não escreveu estes poemas por acaso e, também não foi por acaso as suas sequências.
    Tudo isto estava no firmamento de tuas outras existências... acredita nisso?

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