(SONS)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

alcoólicas saudades

ah! alcoólicas saudades!
do aroma doce dos canaviais,
dos goles onde chorava meus ais,
do furacão nocturno de minha pouca idade.

quando ia pela noite sem piedade
maculando templos com nossos coturnos
sujos da putrefação de passeios nocturnos:
pelas necrópoles cheirando a álcool,sangue e nicotina...

eram funestos passeios suicidas,
de sepulcrais meditações no fundo do túmulo.
alí meu peito se enchia, alí me sentia seguro...

não tinha medo da morte que me envolvia;
nem dos demônios que gelavam meus olhos fundos.
só tinha uma passagem de ida,uma passagem para um lugar sem futuro...

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