qualquer folha desviaria o rumo da caneta
que nesse instante se balança ao ver as flores
colorindo a beira da estrada.
À cada curva o precipício se desenha mais
e ela se debruça comovida
balbuciando simples palavras confusas:
"Um pássaro morto ainda vive naquela sombra
e aquela sombra é minha memória,
um pássaro vive na morte daquela sombra
e aquela memória é sombra minha."
Eu olho isso se escrever na brancura da minha ciência
enquanto o ônibus faz o retorno para Xerém.
Ela aos poucos volta ao seu estado inanimado
deitada sobre o meu colo e aparada pelas minhas mãos
que carinhosamente calam a voz da loucura.
Oi jefferson!
ResponderExcluirImaginei tudo pela sua descrição dos acontecimentos no texto! Muito bacana!
bjs!
Completando esse comentário aqui de cima,
ResponderExcluirseu texto consegue ao mesmo tempo descrever
a situação e os sentimentos.
Sem se perder nos pensamentos..
Eu adoraria saber como você imagina os acontecimentos do poema. conseguir transportar um mero pensamento meu para outra pessoa é muito foda! e Obrigado comentarem!!! =D
ResponderExcluirJefferson!
ResponderExcluirComecei a ler seus poemas e não queria mais parar, me identifiquei muito com eles. Mas, a verdade mesmo é que você tem um ótimo estilo, fluido, profundo, filosófico, triste e leve.
Se você decidiu a escrever é porque você não optou pela poesia, grande contraste, ou melhor, paradoxo. Assim a poesia ainda está sempre e toda para ebulir, transformando-se em coisa, objeto de palavras. Desse modo eu compreendi, espero não estar indo contra suas próprias interpretações.
Se acaso quiser ler meus poemas, peça ao google: poemas de Neusa Azevedo.
Não me incomodo não. Acho muito interessante e fico feliz com a interpretação de cada pessoa, isso prova que ela pensou sobre o que eu escrevi.
ResponderExcluirGostei de verdade de ter lido o seu comentário,
é um incentivo a mais =D
gostei do poema,mesmo não entendo o que realmente aonde voce quiz chegar,mas gosto do contorno dos pensamentos me dando uma viagem ao meu bel prazer.
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