As montanhas e as favelas
se emolduram debaixo da bruma fria
através da janela da flores.
O ônibus vai na direção do pedágio
de cada dia que não existe
por paisagens preguiçosas
bocejando sonhos.
A vontade de existirem é maior que a de viver
e ser feliz não faz parte de suas vidas
e sim do vivido.
Às vezes o passado dói mais que a dor.
Às vezes a dor é passado.
Às vezes a dor não tem passado.
às vezes a dor passa.
ResponderExcluir... às vezes ...
Oi Jefferson ^^
ResponderExcluirLi os poemas postados e posso dizer que estão muito bons! Gostei muito deles =)
Você continua escrevendo muito bem, ou seja, sabe colocar as palavras e dar o sentido a elas... expressando incontáveis sentimentos...
Como entendi esse poema, quis passar algo que é vivido diariamente; porém espera que alguma coisa maior aconteça, ilumine a vida, o dia-a-dia... Que faça os sonhos se tornarem reais e não apenas vistos de uma janela... O que encontra-se dentro de si, da alma é um conformismo/indignação/tristeza, poderia dizer um pesar...
Com tudo, esse pesar causa dor... Uma dor que vem de séculos... de um sofrido passado... que, às vezes, insiste em ser lembrado... E, essa dor mesmo não querendo sentí-la... ela está impregnada juntamente com o passado, onde não se sabe o que é dor ou o que é passado?!
Ah, acho que minha interpretação não está muito correta, todavia foi o que o poema passou-me ao lê-lo. Senti dessa forma! É um excelente poema e complexo também!
Tenha uma ótima noite!
Fique bem, Amigo =)
Não. você acertou a primeira parte toda, só que nesse poema eu não falo de mim, falo mais das pessoas; muitas delas que eu vejo nos ônibus dormindo e sonhando com o dia que serão felizes.
ResponderExcluirgeralmente elas "existem" mas não "vivem", às vezes o mais próximo da felicidade que elas tenham chegado tenha sido no passado,
e lembrar o passado sempre causa uma espécie de dor.
obrigado por comentar Déia.