(SONS)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

jazigo perpetuo

plantei, uma negra e fria semente,
no jazigo arcaico de minha solidão:
para que, desta úmida terra,
floresçam os mais belos e obscuros monumentos á consternação.

para que possa florir! para que possa expandir!
meus pestíferos versos pelo ar...
para que possa tocar
as frias mãos da morte em companhia de seu consorte:
o medo do que virá.

e enquanto a morte se avulta
,com seus largos e firmes passos,
por entre os caminhos vastos deste mundo vil e hipócrita.
meus cantos nesta terra se fincam:
os versos que da dor floriram
enquanto a minha alma se vai...

palavras antigas! do tempo,que ainda, não tinha barba.

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